O risco no rabisco como arte

Hoje no programa “Urbano” do canal Multishow teve uma reportagem bem interessante sobre o documentário Pixo que está sendo exibido na 33ª Mostra de São Paulo e trata da pixação (e não o grafite) nessa cidade. O diretor falou que em Paris, onde o filme foi exibido em um festival, as pessoas encaravam esse tipo de vandalismo como arte. E por que não? Se um monte de balde vermelho e vazio numa sala amarela na Bienal é considerado arte, por que uma intervenção urbana não seria? Qual o limite da arte e da faxina? Qual o limite da arte e do vandalismo? Arte é tudo que é bonito e faz bem aos olhos? E o que é bonito? Quais os padrões? O que é certo e o que é errado nesses conceitos tão subjetivos? O balde vazio, os riscos na metrópole, o quadro do pintor anônimo ou o desenho cego da criança. É tudo arte. Se alguém quebrar um copo de vidro com os pés e me disser que aquilo é arte, vou acreditar. Arte é tudo aquilo que a gente quer que seja.