Que o fim me venha redentor e benevolente para que eu não tenha que me acostumar com o peso de um abraço velho, cansado e gasto.
Teu mamilo em braille, meus olhos em breu. Dedo em ponta de lingua e teu.
O agora é o sempre. O sempre não é nada.
A chuva do céu da boca é a saliva. A estrela do céu da boca é a palavra.
Meu minuto é um filme de arte onde as imagens apontam e o sentido não se faz.
Minha cabeça é uma tecla shuffle onde vejo passar diferentes cores, cheiros, gostos, sons, texturas e vários pontos e pintas em peles distintas que sempre se encontram no vazio do espaço.
As coisas e seus destinos, suas funções, inícios e fins. As fases, os ciclos. Fecundação e decomposição. Objetivos a cumprir ou metas a serem descumpridas no meio do caminho sem mais nem menos. Um passo firme ou um tropeço. Uma pausa para coçar o queixo entre um comentário vago e outro.