O mercado consome o morto

Nem deixaram o Michael Jackson ficar gelado e rígido em seu caixão de ouro para lançar um documentário com trechos do ensaio que viria a ser uma série de apresentações na cidade de Londres. Acho muito triste a forma como a indústria de modo geral encara a morte de um artista. O lucro e o oportunismo sempre fala mais alto que qualquer outra coisa. Aqui no Brasil, um ano após a morte da Cássia Eller, surgiu um CD com sobras de estúdio e gravações despretensiosas da cantora. Sérgio Sampaio ganhou um trabalho produzido por Zeca Baleiro com canções não aproveitadas anos após sua morte e por aí vai. Exemplos não nos faltam! Muito triste, se considerarmos que o artista deve ter controle total do que é produzido com seu nome e em seu nome. E caso algum dia eu vire artista de alguma coisa e venha a sucumbir, não lancem nada sem minha autorizarão prévia. Caso contrário, eu volto no melhor estilo “zumbi de filme trash” e como o fígado de todos vocês.