PEC da música

"A Câmara dos Deputados aprovou em 2º turno, por 393 votos a 6, a chamada "PEC da Música", que isenta de impostos a produção de CDs e DVDs com obras de artistas brasileiros. A proposta agora segue para votação no Senado, onde também necessita da aprovação em dois turnos." - Fonte: G1

Sim, a proposta é boa levando em conta a irrelevância de tantos projetos que circulam pelo congresso, mas chegou tarde.
Desde que comecei a consumir música, lá por meados dos anos 90, que já se falava em pirataria porque os preços dos CDs eram muito altos. Barraquinhas de camelôs espalhados pelos grandes centros urbanos ofereciam produtos de péssima qualidade por muito menos da metade do preço do produto original. Quase duas décadas depois, as barraquinhas quase que sumiram e os próprios usuários deram um jeito de compartilhar em formato digital sem precisar se associar a grandes organizações criminosas.
Com uma conexão e um computador, hoje em dia, é possível ter acesso a praticamente qualquer música produzida no mundo sem precisar colocar os pés para fora de casa.
Coincidentemente, ou não, no mesmo dia que foi aprovado na Câmara dos Deputados a "PEC da Música", chegou ao Brasil a iTunes Store, com um vasto catálogo de artistas nacionais. Os usuários podem comprar músicas separadamente ao preço de R$1,99 sem rasgar rios de dinheiro com CDs de um hit só.
A pirataria teria sido menor se a "PEC da Música" tivesse sido aprovada décadas atrás? Talvez sim, talvez não. É difícil saber. O que não é difícil saber é que não adianta lutar contra as facilidades que o mundo digital nos proporcionou.
Os tempos mudaram, a forma de distribuição mudou, o suporte mudou. Que se aprenda a conviver com a nova realidade do mercado.

Revisão dos direitos autorais na era digital. (falar em outro momento)